sexta-feira, 26 de outubro de 2007

SER sustentável?


Nunca se falou tanto sobre o tema Sustentabilidade. Mas será que as pessoas entendem o conceito? Primeiro é importante definir quem são as "pessoas" a elite representada por 14% da população brasileira que estudou e que pertence a classe A e B? Ou são todos? Creio que sejam todos!
Sou professor da FAAP, no curso de pós graduação em Marketing e normalmente quando questiono sobre "Quem recicla lixo?" A resposta é que menos de 1/4 da sala o faz, o restante alega dificuldades, incompreensão e falta de vontade. Esse (reciclagem) é apenas um ponto bem pequeno da contribuição com o planeta.
E a compra de CDs, DVDs ou qualquer outro produto pirata? E o desrespeito no trânsito? E a bituca de cigarro no chão? E a falta de respeito com o próximo, muitas vezes na própria família? Nesse caso tenho um exemplo pessoal terrível.
Todas essas perguntas remetem ao fato de que isso também é buscar a sustentabilidade, o equilíbrio entre a sociedade (sócioeconomico) e o meio ambiente.
Estou na organização de um evento na FAAP que tratará do assunto no dia 05.06.08, e tenho descoberto empresas fabulosas e outras que na fachada sustentável ostentam doações de 10 mil reais para uma palestra de uma hora, como foi o caso do Instituto Akatu de consumo sustentável...caramba não esta meio contraditório isso? Mas tenho exemplos lindos como o da Dona Dora, representante do CPCD (Centro Popular de Cultura e desenvolvimento), ONG comandada por Tião Rocha com sede no Vale do Jequitinhonha. Pois bem, ela me ligou para dizer que precisavam de ajuda finaceira para a manutenção do belíssimo trabalho da ONG, mas não ofereceu preços fechados, irredutiveis...negociou, discutiu e até disse que Tião Rocha viria de graça pela importância da causa. O que não será o caso, ele virá e receberá, confesso que pouco pela dimensão da causa, mas o possível nas condições da Faculdade. Inclusive quem quiser ajudá-los conhecendo a causa e comprando produtos segue o link do site http://www.cpcd.org.br/
Meus caros, a possibilidade de organizar um evento nos mostra tudo isso e imagino que mostrará muito mais...compartilharei com vocês.
Um exemplo ótimo de um dos palestrantes do evento da FAAP é Ivo Pons , ele trabalha com Ecodesign, tema esse que será discutido não apenas na palestra, mas num filme com o mesmo nome (EcoDesign) que será lançado em janeiro do ano que vem, que quiser ver o trailer esse é o link http://br.youtube.com/watch?v=CFWmYgcsXJo

Por hoje é isso...vamos refletir sobre o SER sustentável?

sábado, 20 de outubro de 2007

Paulo Freire e a paixão por ensinar



Paulo Freire, um homem que aprendeu e ensinou a ler lendo o mundo.
Pra quem não o conhece vale a pena ler, ouvir e assistir Freire em seus livros ou DVDs, sua história se confunde com a história dos brasileiros. Um fato interessante que ilustra o que ele representava e como poderíamos ser um país totalmente diferente é o fato dele ter sido exilado sob a alegação de "querer educar". Hoje nosso Brasil burro, arcaíco e passivo talvez não por nossa culpa, poderia ser diferente. Poderíamos ser uma verdadeira nação recheada de cidadãos, no sentido real da palavra.
Em todos os seus livro Paulo fala sobre utopia e sonho, em um deles ele diz "não é possível sonhar se não se comunga esse sonho com ninguém" (Freire, 2004, pag 91 - Pedagogia da Tolerância). Refletindo sobre o papel do blog, das redes de relacionamento ou da internet, por exemplo, que possibilita as pessoas a compartilhar esses sonhos, sonharmos juntos, transformar juntos é uma grande conquista.
Finalizo a visão de Freire que é muito maior do que essas poucas palavras com um texto retirado de um artigo intitulado "Educação: o sonho possível"

"O sonho possível exige de mim pensar diariamente a minha prática; exige de mim a descoberta, a descoberta constante dos limites da minha própria prática, que significa pertencer e demarcar a existência do que eu chamo de espaços livres a serem preenchidos. O sonho possível tem a ver com os limites desses espaços e esses limites são históricos. (...) com a educação libertadora, não com a educação domesticadora..."

Peço que reflitam sobre Paulo Freire, sobre o educar e fundamentalmente sobre o aprender!


segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Palestra na FAAP

Leia abaixo critica sobre o livro!

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A Cabeça do Brasileiro

Na última semana terminei a leitura do livro de Alberto Almeida chamado "A Cabeça do Brasileiro", e as conclusões que chego são baseadas numa reflexão sobre os dados da pesquisa apresentada.

Há uma grande discussão sobre os dois "Brasis" o universitário e o com menor ou nenhuma alfabetização. Esse segundo Brasil, que compõe a maioria da população, são os que infelizmente entregam a vida ao fatalismo, ao "Deus quis assim", e que deixam o seu destino nas mãos de um Ser superior e não nas suas (talvez esteja aqui a explicação da proliferação das igrejas), além disso, essa população apoia à politicagem baixa com a aceitação de privilégios por parte dos nossos políticos.

Atualmente leciono a disciplina de Empreendedorismo na FAAP, e traçando um paralelo com o livro de Almeida, compreendo por que as empresas brasileiras tem vida tão curta, e o pior, não há um cenário otimista ao vermos a baixíssima qualidade do ensino no país, a má vontade dos governantes e o pouco interesse desses em ver um país que reflita e discuta o Brasil.

Infelizmente empresas continuarão quebrando e os "empreendedores" montarão seus negócios devido a necessidade de criar um emprego, e fecharão em pouquíssimo tempo, existindo agora um agravante os nossos alfabetizados estão analfabetos. Agora pergunto, como administrarão a compra de produtos? A venda do seu carrinho de pipocas? Esses não sabem matemática, e se sabem, muitas vezes é porque decoraram métodos, cartilhas e tabuadas. É o aprender sem compreender. É o não aprender. É um país sem futuro.

A cabeça do brasileiro é um livro obrigatório caro leitor, talvez para entender melhor seus pais, seu país e principalmente você!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Emílio e Maia: "Criadores do futuro"

Caro leitor, muito provavelmente você nunca ouviu falar em Emílio Favero e Carlos Maia. Pois esses dois empreendedores têm o poder de transformar o mundo a sua volta.

O mestre Peter Drucker dizia que "a melhor maneira de prever o futuro é criá-lo", pois bem, esses dois homens colocam essa afirmação em prática todas as manhãs.

Os dois comandam empresas brasileiras, o primeiro, Emílio, é sócio da empresa AlfaCitrus, produtora e distribuidora de laranjas e tangerinas. A história da família Favero começa com o pai, um pioneiro e sonhador, o senhor Aleixo Favero, daí o nome AlfaCitrus. A empresa prosperou e hoje os quatro sócios, sendo três seus filhos comandam o negócio.
Nesse mês de julho a AlfaCitrus deu um grande passo inaugurou seu novo packing house (barracão para limpar, classificar e embalar laranjas), além de uma nova loja no Ceasa Campinas. Você pode dizer: - Grande coisa! E eu respondo que é uma gigantesca conquista, porque é a concretização de um sonho. Há dois anos essa visão nasceu e concretizou-se. Isso é mais pura e nobre definição de visão estratégica, ou seja, sonhar e agir!

O outro grande empreendedor é o Maia, sócio-diretor da Casa Bugre, Supra e tantos outros negócios, ele têm o poder de enxergar distante. A sua história é marcada por superações, dificuldades, e muitas e muitas vitórias. Sua grande característica é a disposição para assumir riscos, para aventurar-se no desconhecido e desapegar-se do passado aconchegante. Maia é um exemplo da incansável busca das mudanças.

A característica predominante nesses dois exemplos de empreendedores e pessoas fantásticas, e o que faz com que eles sejam realmente diferentes, é o fato deles verem e agirem. Eles realmente criam o futuro como preconizava Drucker.

Obrigado pelo exemplo!

Sir Ernest Shackleton



A história de um grande líder

Hoje falarei de um grande líder Sir Ernest Shackleton. Para quem nunca ouviu falar, ele foi um navegador inglês que no início do século passado tentou ser o primeiro homem a chegar ao extremo sul do pólo Sul. O interessante da sua força, visão e liderança começava na seleção dos "candidatos" para essa expedição, durante as entrevistas Shackleton questionava-os sobre habilidades como saber tocar algum instrumento ou jogar Bridge (um tipo de jogo de cartas)...talvez ele pressentisse que passariam por maus momentos e que seria importante algo para entreter o grupo.

A bordo do Endurance a Expedição Imperial Transantártica partiu para o polo Sul, e de lá como poucos imaginavam voltariam quase dois anos depois. A saga começou quando o gelo da Antartica fechou apenas a um dia do ponto de partida da expedição de trenó para o objetivo final do grupo. Assim, o barco ficou preso e a deriva, a temperatura chegou a menos 20 graus, foram meses sem sol, até que perderam o barco que pressionando pelo gelo afundou... Nesse momento Shackleton disse "Perdemos o barco, agora vamos voltar para casa!" O grande líder rapidamente mudou o foco e deu novo ânimo ao grupo.

Ele era reconhecido por sua dedicação e preocupação com seus comandados. No decorrer da tragédia, deu inúmeros exemplos de desprendimento e companheirismo. Para ele, seria imperdoável encontrar algum de seus homens morto.

Os homens, construíram um acampamento improvisado e a idéia agora era caminhar pela banquisa de gelo, carregando os três botes até atingirem uma abertura para o mar, essa espera demorou 6 meses.

Um grupo de seis pessoas incluindo Shackleton, partiu com os botes e encontraram ventos de 130 km/h e ondas imensas, no famoso cabo Horn...sem falar nos furacões.

Foram 17 dias sob as mais terríveis condições, até que finalmente chegaram à Ilha Geórgia do Sul e ainda precisaram enfrentar 36 horas de caminhada para chegar à estação baleeira. Estavam salvos, mas para Shackleton só havia um pensamento: resgatar os homens que ficaram na Ilha Elefante.

Só após três meses, a bordo de um pequeno rebocador cedido pelo governo chileno, Shackleton chegou a ilha onde deixou seus companheiros. Todos os 28 homens voltaram a salvo para suas casas.

Agora imaginem como foi conduzir um grupo nessas condições de estresse? Pois Sir Ernest Shackleton conseguiu.

Caros leitores, inspirem-se nesse grande líder!

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Um homem chamado Peter Ferdinand Drucker


Para quem não conhece esse senhor, que faleceu no inicio do ano passado (2006), já no alto dos seus 96 anos, era um consultor e principalmente um escritor como gostava de ser chamado. Drucker pensou e transformou a administração em algo extremamente simples a nós mortais, sempre com livros e artigos legíveis e desafiadores.

Há uma história que diz na década de 40, durante uma forte chuva, ao passar pela Burlington Arcade, entrou para ver uma exposição sobre a arte japonesa, isso o empolgou tanto que além de lhe transformar num conhecedor profundo do assunto, o ajudou a apurar seu senso de detalhes, assim passou a construir os cenários estratégicos do futuro, antecipando muitas das mudanças que viriam.

Drucker, com toda a sua humildade dizia que não fazia previsões "apenas olho para fora e vejo como o que acontece no mundo hoje afetará o amanhã". Drucker também era um apaixonado por pessoas e sabia que esse era e sempre será o maior ativo de uma empresa.

Sobre o Brasil fez um breve e sábio apontamento na Revista Exame, 754, no ano de 2001, "Educação, para mim, deveria ser a próxima e principal indústria em crescimento no país - e é a industria na qual a nova tecnologia da informação oferece as maiores oportunidades para desenvolvimento rápido e mudanças profundas, especialmente num país tão vasto quanto o Brasil."

Obrigado Drucker!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Educação na Melhor Idade


Nesse último sábado tive uma grata experiência...fui a formatura da minha mãe como Assistente Social! Que maluquice em? Mas isso foi possível por alguns motivos: o primeiro porque ainda bem que existem universidades, como a Metodista, preocupadas com a formação de pessoas que ainda tem muito a oferecer para a sociedade, o outro motivo é que existem pessoas interessadas em aprender e contribuir cada vez mais consigo e com o mundo a sua volta.

Durante a formatura houve uma frase marcante da oradora da turma, Vera, "Em nossas aulas trocavamos receitas, remédios, idéias e ideais" achei muito verdadeiro isso e imagino como não foi rica essa experiência para os alunos que com seus no mínimo 50 anos trocaram informações e pensamentos. Outra frase marcante foi a do paraninfo que era mais ou menos assim "sábios são aqueles que estudam e aprendem como se fossem viver eternamente e vivem intensamenente como se fossem morrer amanhã"

Parabéns jovens senhoras e senhores...em especial a minha mãe que mostrou-se uma mulher de fibra e de muita sabedoria. Que orgulho!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Aprendizado como fator estratégico


Esse texto é um resumo de um artigo sobre aprendizagem em empresas

Para se ter liderança num mercado competitivo e global, independentemente do segmento de atuação, a diferença não está mais no domínio técnico, mas sim no cognitivo, como afirma Drucker.

Emerge dessa forma a valorização do conhecimento, ganhando destaque a gestão de recursos humanos, que é fator-chave no desenvolvimento sustentável de qualquer empresa. Segundo Brito, em ambientes globais como os atuais o papel deste setor nas empresas será o de reeducar e desenvolver as pessoas visando adequá-las as orientações estratégicas das organizações.

Dessa maneira, valorizar o capital humano, treiná-lo e estimulá-lo à educação é peça fundamental para o gerenciamento do negócio, cabendo às lideranças esses estímulos, para ensinar aos colaboradores a pensar, a fazer e a ser, portanto deve-se anteriormente refletir sobre o que é saber, saber-fazer e saber-ser.

Uma aprendizagem humana é aquela que consegue chegar a determinado "saber-fazer", capaz de permitir a aquisição de outros múltiplos "saber-fazer" e, desta forma, educa-se a personalidade inteira... Uma aprendizagem humana é aquela em que se aprende a aprender e, por isso mesmo, a ser.

Baseado nessas afirmações é necessário supor uma mudança nos relacionamentos sociais, uma aprendizagem que parte da reflexão social sobre a própria realidade, uma mudança que implica a ruptura do hábito e da rotina, a obrigação de pensar de forma diferente sobre coisas do quotidiano. Isso porque o cerne da formação profissional está no saber fazer e não apenas no fazer, para o qual a maioria das pessoas foi formada.